espero que tenha chegado bem
nessa viagem
e que seu destino
seja tão certo
quanto o nascer dos dias
tão doce
quanto as jabuticabas
no verão
eu
ainda estou aqui
esperando o dia
da partida
como quem espera
num corredor lotado
a sua vez
contando os dias
e as horas
prisioneiro que sou
deste reverso
calculo matematicamente
todas as possibilidades
do imprevisível
estendo minhas noites
sobre o diário das viagens
alheias
como se fossem minhas
só minhas
e sonho
extensão do ser
intenção do verbo
nem saí daqui
e já estou viajando
nossa expedição carrega na bagagem e no coração o sonho de levar muita música, arte e educação ambiental para as comunidades ribeirinhas do pantanal. navegaremos os rios cuiabá e paraguai com espírito aberto - de 19 de junho a 9 de julho de 2006 - para comunicar nossa arte e aprender com toda essa gente.
quarta-feira, maio 31, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
s i l ê n c i o
"Eu tenho à medida que designo - e este é o esplendor de se ter uma linguagem.Mas eu tenho muito mais à medida que não consigo designar. A realidade é a matéria-prima, a linguagem é o modo como vou buscá-la - e como não acho. Mas é do buscar e não achar que nasce o que eu não conhecia, e que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas volto com o indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso da minha linguagem.
Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu"
LISPECTOR, Clarice. A Paixão Segundo G.H.. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1990, p.180.
in www.triplov.com/coloquio_05/julio_cesar.html
Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu"
LISPECTOR, Clarice. A Paixão Segundo G.H.. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1990, p.180.
in www.triplov.com/coloquio_05/julio_cesar.html
sábado, maio 27, 2006
Do lugar onde estou já fui embora
O Livro sobre Nada
Manoel de Barros
Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.
MANOEL DE BARROS, poeta e fazendeiro mato-grossense, nasceu em 1916 e teve seu primeiro livro publicado em 1937 - Poemas concebidos sem pecado. Passou a ser mais conhecido a partir do ano de 1997, quando ganhou o prêmio Nestlé de Literatura. De seu "Livro sobre Nada", Editora Record - Rio de Janeiro,1997, págs. diversas, já em 5ª edição, extraímos os versos acima. Nele o autor diz, a título de "Pretexto":
"O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada. Foi o que escreveu Flaubert a uma sua amiga em 1852. Li nas Cartas exemplares organizadas por Duda Machado. Ali se vê que o nada de Flaubert não seria o nada existencial, o nada metafísico. Ele queria o livro que não tem quase tema e se sustente só pelo estilo. Mas o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora."
fonte: http://www.releituras.com/manoeldebarros_nada.asp
Manoel de Barros
Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.
MANOEL DE BARROS, poeta e fazendeiro mato-grossense, nasceu em 1916 e teve seu primeiro livro publicado em 1937 - Poemas concebidos sem pecado. Passou a ser mais conhecido a partir do ano de 1997, quando ganhou o prêmio Nestlé de Literatura. De seu "Livro sobre Nada", Editora Record - Rio de Janeiro,1997, págs. diversas, já em 5ª edição, extraímos os versos acima. Nele o autor diz, a título de "Pretexto":
"O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada. Foi o que escreveu Flaubert a uma sua amiga em 1852. Li nas Cartas exemplares organizadas por Duda Machado. Ali se vê que o nada de Flaubert não seria o nada existencial, o nada metafísico. Ele queria o livro que não tem quase tema e se sustente só pelo estilo. Mas o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora."
fonte: http://www.releituras.com/manoeldebarros_nada.asp
quinta-feira, maio 25, 2006
quarta-feira, maio 24, 2006
people are strange ...
People are strange when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down
When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name
When you're strange
When you're strange
When you're strange
___________________________________________
Doors
Strange Days
___________________________________________
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down
When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name
When you're strange
When you're strange
When you're strange
___________________________________________
Doors
Strange Days
___________________________________________
terça-feira, maio 23, 2006
segunda-feira, maio 22, 2006
Sobre Um Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
– a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
– Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
– E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Hélder
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
– a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
– Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
– E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Hélder
domingo, maio 21, 2006
bom dia !
acorda baby
já é tarde
olha o céu azul
da cor
deste domingo
acorda baby
que o dia está lindo
que o tempo
anda lento
e o sol
está sorrindo
acorda baby
já passou da hora
de estar dormindo
acorda ...
eu já vou indo ...
já é tarde
olha o céu azul
da cor
deste domingo
acorda baby
que o dia está lindo
que o tempo
anda lento
e o sol
está sorrindo
acorda baby
já passou da hora
de estar dormindo
acorda ...
eu já vou indo ...
sábado, maio 20, 2006
sexta-feira, maio 19, 2006
contagem regressiva
dia 19 de junho vamos de fato
embarcar nessa viagem cuiabá > corumbá
durante 20 dias navegaremos os rios cuiabá e paraguai
conviveremos em um barco
14 pessoas envolvidas + tripulação + produção local
surpreender e surpreender-se
encontrar a palavra-chave
a frase que desvenda
e transforma
o instante
em texto
prosa
verso
imagem
sentimento
embarcar nessa viagem cuiabá > corumbá
durante 20 dias navegaremos os rios cuiabá e paraguai
conviveremos em um barco
14 pessoas envolvidas + tripulação + produção local
surpreender e surpreender-se
encontrar a palavra-chave
a frase que desvenda
e transforma
o instante
em texto
prosa
verso
imagem
sentimento
três haicais
a rã de Basho
salta sobre as nuvens
espelho d'água
na manhã azul
pássaros coloridos
estão de passagem
grandes nuvens
e as montanhas ao longe
não existem mais
salta sobre as nuvens
espelho d'água
na manhã azul
pássaros coloridos
estão de passagem
grandes nuvens
e as montanhas ao longe
não existem mais
quinta-feira, maio 18, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
expedição
seguir
nosso caminho
destino
descer o rio
redescobrir
na água dos matos
os povos do brasil
quem sabe o que nos espera
nessa rota
trilha geoespacial
na curva do rio
que se abre
página a página
como num antigo
livro de estórias
como antes
nas antigas expedições
os ilustradores
os escribas
os escritos
relatos de bravos
desbravadores
nessa era
nossa
outra
a foto é digital
bloco de anotações laptop
a chalana tem gerador
o ar é condicionado
e a informação voa
via satélite
na terra
de manoel de barros
me inspiro
pra compor esse retrato
relato refletido
no espelho
destas águas
nosso caminho
destino
descer o rio
redescobrir
na água dos matos
os povos do brasil
quem sabe o que nos espera
nessa rota
trilha geoespacial
na curva do rio
que se abre
página a página
como num antigo
livro de estórias
como antes
nas antigas expedições
os ilustradores
os escribas
os escritos
relatos de bravos
desbravadores
nessa era
nossa
outra
a foto é digital
bloco de anotações laptop
a chalana tem gerador
o ar é condicionado
e a informação voa
via satélite
na terra
de manoel de barros
me inspiro
pra compor esse retrato
relato refletido
no espelho
destas águas
coordenadas
AGENDA
19 de junho de 2006
São Paulo > São Gonçalo
20
São Gonçalo >
S 15 39' 12.8"
W 056 04' 02.6"''
21
Santo Antônio Leverger
S 15° 51' 59.2''
W 056° 04' 38.8''
22
Santo Antônio > Barão de Melgaço
23
Barão de Melgaço
S 16° 11' 41.6''
W 055° 58' 04.6''
24
> viagem Rio Cuiabá
25
Rio Cuiabá > Porto Cercado >
S 15° 54' 11.8''
W 056° 12' 55.2''
26
Poconé
27
Poconé >
S 16° 15' 26.8''
W 056° 37' 24.4''
28
Cáceres
29
Cáceres
30
Cáceres >
S 16° 04' 15.6''
W 057° 40' 45.6''
01 de julho
viagem Rio Paraguai
02
Rio Paraguai
03
churrasco musical comunidade ribeirinha
04
churrasco musical comunidade ribeirinha
06
Corumbá
07
Corumbá
S 19° 00' 21.1''
W 057° 39' 04.3''
08
Corumbá > São Paulo
S 23° 33' 04.2''
W 046° 38' 03.4''
19 de junho de 2006
São Paulo > São Gonçalo
20
São Gonçalo >
S 15 39' 12.8"
W 056 04' 02.6"''
21
Santo Antônio Leverger
S 15° 51' 59.2''
W 056° 04' 38.8''
22
Santo Antônio > Barão de Melgaço
23
Barão de Melgaço
S 16° 11' 41.6''
W 055° 58' 04.6''
24
> viagem Rio Cuiabá
25
Rio Cuiabá > Porto Cercado >
S 15° 54' 11.8''
W 056° 12' 55.2''
26
Poconé
27
Poconé >
S 16° 15' 26.8''
W 056° 37' 24.4''
28
Cáceres
29
Cáceres
30
Cáceres >
S 16° 04' 15.6''
W 057° 40' 45.6''
01 de julho
viagem Rio Paraguai
02
Rio Paraguai
03
churrasco musical comunidade ribeirinha
04
churrasco musical comunidade ribeirinha
06
Corumbá
07
Corumbá
S 19° 00' 21.1''
W 057° 39' 04.3''
08
Corumbá > São Paulo
S 23° 33' 04.2''
W 046° 38' 03.4''
terça-feira, maio 16, 2006
conectividade
quando o projeto água dos matos se concretizou mediante o patrocínio da natura, uma nova idéia surgiu:
nesses vinte dias de expedição pelas entranhas do rio paraguai seria possível estar on line, via satélite, conectado com o planeta, de lá, do barco, mostrando e comunicando ao mundo as nossas descobertas.
acreditando que a notícia em tempo real é a base da comunicação na sociedade contemporânea, e que ao mesmo tempo existem comunidades espalhadas pelos confins do mundo sem qualquer “conexão” com os acontecimentos globais, vivendo sem carro, sem luz ou telefone, unir estas duas realidades será nosso desafio.
enviar imagens e textos com as nossas impressões, ter a disponibilidade de comunicar as sensações do encontro com a natureza e com as pessoas que tem seu universo circunscrito ao rio, no coração do pantanal, será nosso objetivo.
Conectividade … o que é?
conectividade é contar a estória de dentro dela e a partir dela; poder transmitir através de fotos e textos como é participar de uma expedição como esta. É possibilitar a qualquer pessoa deste planeta se juntar a nós nesta viagem.
durante a viagem a comunicação se dará através deste blog, com num diário de bordo, relatórios poéticos e fotografias, tudo transmitido via satélite pelo sistema GAN da inmarsat, gentilmente cedido pela empresa arycom.
com a utilizacão de um GPS para enviar as coordenadas o site geobusca.com.br disponibilizará nosso trajeto nas imagens de satélite google maps, e fotografia agregando informações precisas sobre a nossa localização.
Conectividade … por quê?
aproveitar a tecnologia e vencer a barreira do espaço, plugados e isolados ao mesmo tempo, distante das grandes cidades, em meio a pequenas comunidades ribeirinhas, convidadas para um churrasco e show, deste lugar onde as notícias chegam de barco ou a cavalo, deste lugar poderemos nos comunicar com o mundo.
navegar pelo pantanal e conectar-se via internet é a nossa viagem, queremos proporcionar para você uma perspectiva real e ao mesmo tempo poética da diversidade cultural brasileira;
durante os 20 dias da expedição fazemos um convite para os internautas do planeta nos acompanhar nesta viagem.
nesses vinte dias de expedição pelas entranhas do rio paraguai seria possível estar on line, via satélite, conectado com o planeta, de lá, do barco, mostrando e comunicando ao mundo as nossas descobertas.
acreditando que a notícia em tempo real é a base da comunicação na sociedade contemporânea, e que ao mesmo tempo existem comunidades espalhadas pelos confins do mundo sem qualquer “conexão” com os acontecimentos globais, vivendo sem carro, sem luz ou telefone, unir estas duas realidades será nosso desafio.
enviar imagens e textos com as nossas impressões, ter a disponibilidade de comunicar as sensações do encontro com a natureza e com as pessoas que tem seu universo circunscrito ao rio, no coração do pantanal, será nosso objetivo.
Conectividade … o que é?
conectividade é contar a estória de dentro dela e a partir dela; poder transmitir através de fotos e textos como é participar de uma expedição como esta. É possibilitar a qualquer pessoa deste planeta se juntar a nós nesta viagem.
durante a viagem a comunicação se dará através deste blog, com num diário de bordo, relatórios poéticos e fotografias, tudo transmitido via satélite pelo sistema GAN da inmarsat, gentilmente cedido pela empresa arycom.
com a utilizacão de um GPS para enviar as coordenadas o site geobusca.com.br disponibilizará nosso trajeto nas imagens de satélite google maps, e fotografia agregando informações precisas sobre a nossa localização.
Conectividade … por quê?
aproveitar a tecnologia e vencer a barreira do espaço, plugados e isolados ao mesmo tempo, distante das grandes cidades, em meio a pequenas comunidades ribeirinhas, convidadas para um churrasco e show, deste lugar onde as notícias chegam de barco ou a cavalo, deste lugar poderemos nos comunicar com o mundo.
navegar pelo pantanal e conectar-se via internet é a nossa viagem, queremos proporcionar para você uma perspectiva real e ao mesmo tempo poética da diversidade cultural brasileira;
durante os 20 dias da expedição fazemos um convite para os internautas do planeta nos acompanhar nesta viagem.
Assinar:
Postagens (Atom)